A memória do ar
Oscar Gama Filho
Na homeopatia, uma substância é diluída e agitada dezenas ou centenas de vezes no álcool e na água, em um processo que se chama de dinamização. Apesar desta substância estar em doses subterapêuticas, a memória da água e a memória do álcool curam pela extração da energia obtida por meio da vibração de seus átomos: a aceleração de seus átomos confere à energia neles contida o poder de curar, alterando a estrutura da água ou do álcool e deixando gravada nela seu traço de memória.
Nós, humanos, estamos imersos em um meio comum: o ar.
Na minha visão das coisas, da memória do ar, deixamos nossos traços em tudo que fazemos e pensamos. Afetamos tudo e todos e todos nos afetam com nossas escolhas: cada gesto, cada silêncio, cada inação e cada parada vão deixar uma marca na memória do ar, alterando indelevelmente a realidade. Nossa presença nos traços mnêmico-energéticos que envolvem a nós, ao nosso habitat e às pessoas com quem convivemos pode ser cura ou veneno, tudo depende da dose, como dizia Paracelso.
Na minha visão humanista, quando tento curar estou me curando também, quem se cura me cura. Já o mal em meu consultório — ou em meu lar ou em meu coração ou alma — me adoece, possa ser sua fonte física, psíquica, espiritual ou estética. Por isso me lanço contra o Adversário, contra o feio, contra a dor, contra a angústia: quero eliminá-los com a psicologia, com a arte ou com a religião, pois a sua existência conspurca a minha. Somos todos iguais: a homeopatia se baseia no princípio similia similibus curantur ("os semelhantes curam-se pelos semelhantes"). Cada um de nós é extensão do outro: sobrevivência coletiva ou nada. A memória do ar é uma homeopatia suprema, sobre a qual deveria escrever um livro, tentar salvar o mundo e na qual reside a técnica mais importante dos Estados de Relaxamento: como uso a memória do ar do meu centro de forças, do meu consultório, para lançar esta energia em benefício de nós. Ela é a técnica espiritual, indizível e inefável que emprego, marcando minha alma com a imagem do bem para depois tentar imprimi-la feito tatuagem balsâmica nos que lá estão.
Na minha visão das coisas, da memória do ar, deixamos nossos traços em tudo que fazemos e pensamos. Afetamos tudo e todos e todos nos afetam com nossas escolhas: cada gesto, cada silêncio, cada inação e cada parada vão deixar uma marca na memória do ar, alterando indelevelmente a realidade. Nossa presença nos traços mnêmico-energéticos que envolvem a nós, ao nosso habitat e às pessoas com quem convivemos pode ser cura ou veneno, tudo depende da dose, como dizia Paracelso.
Na minha visão humanista, quando tento curar estou me curando também, quem se cura me cura. Já o mal em meu consultório — ou em meu lar ou em meu coração ou alma — me adoece, possa ser sua fonte física, psíquica, espiritual ou estética. Por isso me lanço contra o Adversário, contra o feio, contra a dor, contra a angústia: quero eliminá-los com a psicologia, com a arte ou com a religião, pois a sua existência conspurca a minha. Somos todos iguais: a homeopatia se baseia no princípio similia similibus curantur ("os semelhantes curam-se pelos semelhantes"). Cada um de nós é extensão do outro: sobrevivência coletiva ou nada. A memória do ar é uma homeopatia suprema, sobre a qual deveria escrever um livro, tentar salvar o mundo e na qual reside a técnica mais importante dos Estados de Relaxamento: como uso a memória do ar do meu centro de forças, do meu consultório, para lançar esta energia em benefício de nós. Ela é a técnica espiritual, indizível e inefável que emprego, marcando minha alma com a imagem do bem para depois tentar imprimi-la feito tatuagem balsâmica nos que lá estão.
Nos Estados de Relaxamento, a ancoragem corporal que executo, tocando com meus dedos a região doente, dinamiza a energia patológica das substâncias, como na homeopatia, diluindo-a dentro do corpo do paciente, em um processo que acaba por transformar o veneno em remédio.
A memória do ar existe nas margens do que não há, como chance do que há de vir a ser.
Texto do meu querido amigo Oscar, que me cura e purifica meu ar.
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